terça-feira, 2 de outubro de 2007

Terça mochilão

Países discutem o programa nuclear iraniano.


Os representantes do “P5+2″ trataram de resoluções voltadas para a imposição de novas sanções contra o Irã. A reunião incluiu a Secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, e os Ministros de Relações Exteriores dos outros membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Grã-Bretanha, China, França e Rússia), em conjunto com os Ministros da Alemanha e Javier Solana, chefe de políticas exteriores da União Européia. O Conselho de Segurança tem continuamente exigido a suspensão do programa de enriquecimento de urânio do Irã, impondo sanções limitadas contra Teerã por ter se negado a tal. Os Estados Unidos, por seu turno, tem feito tentativas na direção de um isolamento econômico do país, ao passo que a União Européia está ponderando sobre suas próprias sanções, unilaterais. Paralelamente, o presidente iraniano continua alegando que o programa nuclear do país tem fins pacíficos.
Do lado brasileiro (não que isso importe!), Sr. Lula disse semana passada em plena New York que não vê nenhum problema nas ambições de Mahmoud Ahmadinejad que, por sua vez, também na semana passada causou polêmica em sua palestra na prestigiada Columbia University, criticando duramente a postura estadunidense.
Mohamed ElBaradei, chefe da Agência Internacional de Energia Atômica da ONU, já declarou no mês passado que as investigações da Agência constataram que, pelo menos até o momento, o programa de enriquecimento de urânio de Teerã não parece ter fins não-pacíficos. ElBaradei disse ainda que, embora a Agência não tenha conseguido verificar 'vários aspectos importantes' do programa, um acordo com as autoridades iranianas foi fechado com o objetivo de sanar os problemas pontuais. Ahmadinejad, no mesmo sentido, disse a vários diplomatas que o acordo celebrado com a Agência da ONU, na visão iraniana, solucionou o problema.
No entanto, Ms. Rice anda pressionando o Conselho de Segurança da ONU a tomar medidas 'mais drásticas' contra Teerã a fim de interromper o programa. Os franceses, apimentando ainda mais as especulações sobre o tema, dizem que há que se estar preparado para uma guerra contra o Irã caso o programa de enriquecimento de urânio (com fins não-pacíficos) continue.
'There are two or three powers that think that they have the right to monopolize all science and all knowledge, and they expect the Iranian people, the Iranian nation, to turn to others to get fuel, ' disse Ahmadinejad em plena Columbia.
Não sou a favor do desenvolvimento de armas nucleares, digo, MAIS armas nucleares, mas não posso deixar de concordar com o presidente iraniano nesse aspecto. Não há espaço para maniqueísmos nesse mundo contemporâneo, mas a mim me parece que isso não está lá muito claro para muita gente por aí. O ponto todo não é o programa de enriquecimento de urânio, mas a celeuma que ele provoca entre os 'guardiões do globo' e a irritação que causa marcantemente no capitão América, sempre se comportando como menininho mimado que, a cada vez que lhe tomam a bola, faz beicinho e vocifera 'humpf, não brinco mais!'.
Ontem saiu no The New York Times que o foco do Sr. Bush deixou de ser o Iraque. Alguém adivinha quem está na mira do texano agora? Eu nem imagino...

4 comentários:

Elton disse...

Em vez de escolher o próximo alvo no palitinho, Bush vai tirar na roleta russa.

Anônimo disse...

Queria ver mesmo era o Ahmadinejad visitando o monumento as Torres Gemeas :p

Tatu disse...

bush comes to brazil
mas o brazil não conhece o brasil, e agora?

Tio Vinix disse...

Se vc sabe quem vendeu aquela bomba pro iraque, DESEMBUSH!