quinta-feira, 4 de outubro de 2007

O Brasil no divã

Ultimamente andei escrevendo de modo muito sério por aqui. Nessa semana em que alguns expuseram sentimentos tão íntimos no blog, acabei me sentindo tentado a escrever um pouco de minha vida pessoal. Nada que se aproxime dos meus demônios internos, na verdade é mais uma troca de experiências que tive na faculdade nesse ultimo mês. Meu curso (História) é dividido em Bacharelado e Licenciatura (sendo o primeiro obrigatório e o segundo optativo). Já começa aqui a palhaçada. No nosso mundo do capital quais as perspectivas de trabalho para alguém com titulo de bacharel em História? Licenciatura optativa é uma opção para poucos lá dentro. Acontece que as matérias são extremamente chatas, fora da realidade e com professores que pouco cooperam para uma mudança de opinião. Quem estuda na USP, em algum curso de licenciatura optativa, sabe bem o que eu estou falando. Sempre que amigos se encontram e perguntam a grade horária um ao outro, ao ouvir a resposta “estou na educação hoje” responde-se diretamente um “que chato hein”. Pois é, estou eu no ultimo ano dessa Licenciatura (o bacharelado eu ainda faço, mas por prazer, porque já conclui os créditos suficientes para me formar), e descobri que tem uma matéria que se salva dentre as demais. “Psicologia”. Existem três ramos dessa matéria e acabei optando pelo curso de psicanálise. Já conhecia Freud por outros autores, mas confesso que gostei muito de conhecê-lo diretamente. O sentimento cresceu e já estou no terceiro livro do velhinho das teorias sexuais. Até minhas leituras de mestrado eu deixei de lado para degustar as teorias da psicanálise e, por enquanto, não tenho me arrependido não! Pois bem, e o que raios tem a ver Psicanálise com Política? Acontece que nosso amigo Freud tem uma boa teoria que, a meu ver, se encaixa com os escândalos do nosso país. É tudo problema da sexualidade! Duvidam? Pois então neguem que a Mônica Veloso não tem nenhuma ligação com a sexualidade. E a secretária do mensalão? É, sabia que vocês não poderiam contestar. Mas a sexualidade faz justiça também. Vocês viram o tamanho da sexualidade da mulher que matou o Cel. Ubiratan? Pena que foi presa, senão saía na Playboy também. Já imaginava até a capa, ela de perfil com uma pistolinha na mão, alá 007, com os escritos “bonita e mortal!”. Se a sexualidade é um problema, então alguma manifestação (sintoma) ela apresenta nos políticos. Normalmente as neuroses são conseqüências de algum conflito entre a formação sexual da pessoa e seu ego moral (gerando o famoso recalque). As manifestações recalcadas podem ser sublimadas, dentre varias formas, também por uma outra atividade; logo o desejo pelo dinheiro e a roubalheira nada mais são do que formas de se sublimar as infelicidades sexuais do Planalto! Pensando bem... essa minha teoria deve estar meio falha. Não pode um país do tamanho do Brasil ser povoado em sua maioria por neuróticos sexuais, pode?

7 comentários:

Elton disse...

Nascemos num clima quente. Culpa dos trópicos...

Anônimo disse...

Você percebeu que seu texto coloca as mulheres como o centro dos problemas?

Carol M. disse...

Puskas, o problema não é a sexualidade, mas sim as relações que ela desenvolveu com o poder (e, obviamente com os 'poderosos'). Todas essas mulheres que você citou não têm problemas de sexualidade não, mas aposto que são fascinadas pelo poder.
Como já disse o velho Kissinger pro companheiro Mao (este chocado pelo fato do Kissinger ser velho, gordo e ainda assim estar sempre cercado de mulheres), 'o poder é o melhor afrodisíaco'.

Ministro Puskas disse...

Hahaha. Sim Carol! Mas na minha opiniao os Parlamentares tem problemas... femininos.

Tais: Imagina, impressão sua! ;)

Tio Vinix disse...

Elas são o centro das soluções tb, Tais.
Mas de uma forma ou de outra , vc já percebeu que os homens sempre são consequencia, nunca causa, em interpretações tanto feministas qto machistas?

Julia disse...

Me senti revoltada com o post!
Humpf... Se então, quer dizer, as mulheres satisfizessem seus homens políticos sexualmente, estaríamos politicamente num bom nível?
Bah, balela...

É que todos os parlamentares são frustrados porque não conseguiram comer a mãe, e ficaram com alguém inferior à figura da progenitora, isso sim...

Ministro Puskas disse...

Boa! rsrs