domingo, 7 de outubro de 2007

Corinthians Lá Lá Lá: perdeu São Paulo...perdeu

Não podia perder a oportunidade de tirar aquela lasca dos Richarlysons em três cores.

"Somos um bando de loucos
Loucos por ti Corinthians"


Esse post vai dedicado ao meu amigo elton que postou algo sobre um time que iria atropelar o alvinegro de parque São Jorge hoje à tarde.
Betão era um cidadão comum. Andava pelas redondezas da zona leste. Vinha e voltava da escola com o dinheiro da esmola. Negro, bom de bola. Resolveu começar jogar futebol no terrão nas proximidades do Parque São Jorge. Não deu certo como jogador, resolveu que iria fazer uma faculdade, mas o preconceito da sociedade branca o empurrava cada vez mais pra baixo. Resolveu então que seria árbitro de futebol. Não poderia ser, pois não conseguiria cursar uma faculdade.
Foi então vender pernil e hot dog na porta do Morumbi, pelo menos ficava próximo a sua paixão paulistana: Corinthians e futebol.
Betão nunca havia sido convocado pra seleção dos melhores dogueiros da região, nem mesmo fora citado pela revista veja são paulo como tendo o "hot Dog" do momento, mas fazia aquele seu trampo com muito amor.
Betão, amigo meu, resolveu que iria assistir ao jogo do seu time do coração num domingo à tarde contra o time líder do campeonato. Juntou os trocados negociou uns ingressos mais barato e pronto estava eufóriuco para chegar rápido no melhor lugar da geral vendo o time do coração que poderia carimbar a faixa de um trciolor do morumbi, mas antes deveria fugir do rebaixamento. Deixou a barraca de Dog na mão da filha mais velha, vestiu o manto sagrado cor-sim-cor-não alvinegro e foi junto com a massa empurrar o time do povo pra cima da tabela.
Betão aos quase 35 minutos do segundo tempo era só grito de esperança pela vitória que viria. Torcia com os pagantes e com os não pagantes como nunca, deveria acabar com o tabu são paulino, deveria ajudar com gritos de incentivo seu time do coração.
Aquele grito de Betão junto com a massa impregnava o plantel do Corinthians em campo, os jogadores suavam, rosnavam arrebentavam as canelas do time do Morumbi.
Eis que veio o cruzamento na área pelos quase quarenta do segundo tempo e a desviada de Fábio Ferreira o back central mais roqueiro que já vi jogar e lá estava ele, betão o quarto zagueiro que jamais ganhara do tricolor, cabeceando pro fundo da rede e estufando o peito da massa fiel que não arredava pé do estádio.
Betão da arquibancada ficou estagnado. Chorava. Ria. Gritava. Beijava amigos corintianos de tanta felicidade. betão em campo chorava, era abraçado por todos os jogadores.
Betão na torcida era abraçado por outros torcedores...
betão em campo voltaria pra casa como herói. O grande guerreiro em campo. Sairia comemorando com pinta de matador, o quarto zagueiro artilheiro.
Betão na arquibancada voltaria pra casa como o homem mais feliz do mundo, com o sentimento de ser o maior vendedor de hot dog de todos os tempos, de fato porque seu time desentalou o grito e o choro de alegria que permanecia ali guardado a sete chaves por longas partidas no negro coração corintiano.

*** Ficção, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

3 comentários:

Tio Vinix disse...

o Betão não desistiu, por 4 anos tentou e conseguiu. Resolveu? Não. São apenas alguns segundos no rasinho pra não mergulhar logo no fundo poço. A realidade também chora.

Julia disse...

Ivan, A-DO-REI o post!

Ficou muito legal o seu conto-de-não-ficção!

Beijos, força Timão!

Ministro Puskas disse...

E o Dualib não caiu! Ou melhor, deixou de ser Testa de Ferro pra virar "shadow menace" rs. Subiu o braço direito do cara, mano! Que vergonha tsc tsc