Por Vinix
Depois de passar um bom tempo aqui falando só de cinema, precisava criar coragem pra lembrar que no meu primeiro post lá atrás, disse que iria falar de cinema e de música. Afinal, eu deveria mesmo me esforçar muito mais com a música, pois estou muito mais pra músico de que cineasta (muito mais mesmo, hehehe).
Vou partir do mesmo principio que eu tenho partido nas críticas que tenho feito sobre cinema; não falarei exclusivamente das novidades, mas sim do que estou ouvindo. No caso da música isso será ainda mais latente, porque eu dificilmente ouço rádio e não estou sempre a par do que há de novidades no mercado. Além do mais o mercado da música, que consegue a façanha de ser mais limitado que o de cinema. No cinema você ainda tem uma mostra perdida por aí, um ciclo de algum cineasta relevante por um preço até que acessível ou até de graça (vide uma que está acontecendo no Sesc Santana, que esse mês está trazendo alguma obras de Luchino Visconti, e no mês que vem terá Bergman), ou seja , se você der uma procurada acha. Com música o buraco é bem mais embaixo; Quase não existem opções gratuitas que privilegiem a arte em detrimento da arrecadação, e mesmo artistas que são considerados acima da média pela crítica fazem shows com preços que não chegam nem perto de valer o que o espectador vê. Experimentem pagar 80 reais (to chutando baixo) pra ir ver a Ana Carolina no Tom Brasil Nações Unidas e vocês vão ter uma leve compreensão o que eu estou falando. Experimentem então ir fazer isso não tendo carro, ou dinheiro para táxi, e vocês vão ter uma compreensão total do que eu estou falando.
Não adianta termos uma sala da qualidade da Sala São Paulo e ter umas das melhores orquestras do mundo em atividade residente, mas que só é acessível pra uma elite cada vez menos interessada e cada vez mais elite. E não me venham com esse papo de que música de qualidade não faz sucesso. Isso é mentira. Música de qualidade faz o sujeito pensar, aí, quando o cara pensa as coisas podem mudar, e se as coisas mudam quem tem o poder pode perder. Aí não é negócio. Muito mais seguro, manter uma linha de 3 gêneros na rádio (Rock, Pop, e Populares Nacionais - que na verdade são a mesma coisa), sem que ninguém saiba que existem outras coisas além disso, que a música é como forma de arte, uma forma de entendimento da alma e de seus anseios, que na verdade, o que toca na rádio não é música, é lavagem pra porco.
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
Quarta MeiaEntrada - E a música?
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10 comentários:
Não ofenda os porcos!
sabe quanto é uma taça de champagne na sala são paulo?
R$15,00 sem brincadeira...não paguei, pagaram por mim depois de quase rolar uma treta (pq comprar pq não comprar)...enfim, não achamos as tais pepitas de ouro.
por isso que eu prefiro cachaça.
welcome to the jungle, como já diria o Axl naquela musiquinha do Guns que fez parte da minha adolescência.
O duro, Vinix, é que isso é um fenômeno global, não adianta. A diferença é a nossa elite [econômica, não intelectual, veja bem] é mais burra do que as elites do resto do mundo.
Tô ficando deprimida com esses nossos posts 'cabeça', sabe?
Ó tatubola, chefe dos chefes, posso escrever sobre as marcas de xampú?
mas e a música?
eu sou o pirata da cara de pau: estou baixando o sétimo selo háháhá! depois quem quiser é só contar.
pirataria é a alma do negócio; quem não pirateia se exclui
ce já ouviu falar no Vinix'Hair carol?
Meu caro" F" amigo (já diria o Mario Monicelli) : A música não existe.
Aliás, o cachimbo não existe também.,
kkkkkk "chefe dos chefes" vou fazer o meu crachá para trabalhar no tantaprosa company!
genial.
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