O tempo sempre vence, não tem jeito. Por isso, hoje a terça mochilão é poética: Maiakóvski nos conta como eram as coisas em 1927. Qualquer semelhança não é mera coincidência.
E então que quereis?...
Fiz ranger as folhas de jornal
abrindo-lhes as pálpebras piscantes.
E logo
............de cada fronteira distante
subiu um cheiro de pólvora
............perseguindo-me até em casa.
Nestes últimos vinte anos
.....................................nada de novo há
no rugir das tempestades.
.............................Não estamos alegres,
é certo,
.............mas também por que razão
haveríamos de ficar tristes?
O mar da história
...............................é agitado.
As ameaças
...................e as guerras
......................................havemos de atravessá-las,
rompê-las ao meio,
..................................cortando-as
como uma quilha corta
......................................as ondas.
5 comentários:
"Meu coração tropical está coberto de neve, mas ferve em seu cofre gelado, a voz grita e a mão escreve: 'Mar'"
Maiakovski é foda, pobrezinho, foi assassinado...
boa carol, maiakovski é fodão.
[aplausos, aplausos]
"Dizem que em algum lugar, parece que no Brasil, existe um homem feliz"
Ah Maiakovski... meninão rs
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