sexta-feira, 28 de março de 2008

Levanta por favor e movimenta sua carteira um pouco mais pra frente? Ah meu, que saco. Que saco o quê? Se você soubesse mais sobre essas questões da educação não ficaria falando assim comigo. Falaria sim professor...falaria sim professor, eu sei que a educação é uma merda mesmo. Olha a boca menino, olha a boca menino. Eu que mando nela professor. Ainda bem eu não queria mandar na sua falta de educação e vem mais pra frente com essa carteira antes que eu te dê uma advertência. Advertência professor? Num pega nada não e me deixa de boa aqui onde estou ó. Tá bom então fica de boa, quer que eu traga para você umas fritas? Não professor obrigado mesmo. Uma soda? Uma tubaína? Uma cerveja? Ô professor endoidou? Eu sou de menor ainda, se minha mãe sabe que eu bebo, cheiro um lança e fumo todas ela me mata. Conta pra ela da melhor maneira possível, ela vai te amar pro resto da vida. É mesmo professor, você tem razão, minha mãe me ama, mas não conto nada não. Quer que eu traga um banco para você apoiar os pés? Não professor valeu mesmo em sangue bom, valeu mesmo...Não precisa me tratar que nem marajá que aí você me ofende, dá sua aula mano...dá sua aula. O verbo transitivo é aquele que transita pela frase. Transar professor? Ih...to querendo comer todas, tô querendo, lá no pancadão é tudo nosso qualquer dia te convido profressor...te convido pros rolês você vai curtir meus camaradas, to pra dizer que você é gente boa professor, mas não me muda de lugar não.

Ouvindo Moraes Moreira e Paulinho da Viola saiu o texto acima.

(silêncio e reflexão).

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