Quinze minutos é o ápice do mundo contemporâneo. É o tempo necessário para se comunicar tudo a todos. É o tempo da internet, do blog, do programa de televisão. O ritmo acelerado do videoclipe que permeia nosso modo de ser, de falar, de se expressar, de pensar. Imagens aos montes entorpecem a mente dos jovens, causando alegria, êxtase e cansaço numa rapidez gritante, capaz de levar o ser ao vislumbre do nada. Somos a geração MTV. A geração do falar rápido e sem sentido. Do esboçar comportamentos múltiplos em questão de segundos, sem propósito algum. Cansados apenas em assistir televisão. Não nos surpreendemos com mais nada. Não nos causa estranhamento problemas, crises, misérias, solidão. Cultivamos o tempo do minuto, dando importância à estética, ao plástico acima de qualquer outro conteúdo. Nossa formação acaba aos vinte. Faculdades com três diplomas em dois anos. Broadcast até na hora de comer. Falta. Falta satisfação. A falta se transmuta em quantidade. Beijamos e saímos com muitos; entendemos poucos. Trabalhamos sem sentido algum. Trabalhamos para nós mesmos, sem construir algo duradouro. Sociedade com Q.I. de VJ.
quinta-feira, 17 de abril de 2008
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4 comentários:
"Pedi vc pra esperar 5 minutos só, vc foi embora sem me atender" (Jorge Ben)
"Eu não tenho tempo
Eu não sei voar
Dias passam como nuvens
Em brancas nuvens
Eu não vou passar"
(Zeca Baleiro)
O povo tá inspirado esses dias hein. Tá bonito
Muuuuita inspiração...posso dormir por mais uns 15 minutinhos?
beijos
Maimônides disse: as coisas mais profundas estão na superfície, mas para entendê-las nós mesmos temos de ser muito profundos.
Parabéns pelo texto.
Especialmente parabéns pela felicidade em expor o tema, de todo relevante.
Aguardo sua visita.
Abraços grandes,
hILTON BESNOS
http://noite.wordpress.com/
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